domingo, 14 de agosto de 2011




Quando o sol ainda não havia cessado seu brilho,
Quando a tarde engolia aos poucos
As cores do dia e despejava sobre a terra
Os primeiros retalhos de sombra
Eu vi que Deus veio assentar-se
Perto do fogão de lenha da minha casa

Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
E buscou um copo de água no pote de barro
Que ficava num lugar de sombra constante.

Ele tinha feições de homem feliz, realizado
Parecia imerso na alegria que é própria
De quem cumpriu a sina do dia e que agora
Recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe.


Eu o olhava e pensava:
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Como é bom viver essa hora da vida
Em que tenho direito de ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,

Puxar a caneta do seu bolso
E pedir que ele desenhasse um relógio
Bem bonito no meu braço
Mas aquele homem não era Deus,

Aquele homem era meu pai
E foi assim que eu descobri
Que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus
Revela-me Deus com seu
Jeito infinito de ser homem.

8 comentários:

Unknown disse...

Que linda postagem! Parabéns pelo ótimo blog.

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JOAO CARLOS disse...

Muito obrigado,fico feliz que tenha gostado.

AutoVision disse...

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Anônimo disse...

Todos nós devemos fazer alguma coisa (boa) por um mundo melhor. Por mais insignificante que seja, devemos.

Escrever é uma forma de agir nesta direção. Se uma pessoa ler a sua ideia, e gostar, certamente irá refletir e passar adiante.

sobi pra cima disse...

poesias aconselho essa:
http://poesiasdeumloco.blogspot.com/2011/06/qual-o-poder-do-tempo.html
olha la acho que vai gosta

Crystianne Carvalho disse...

Linda mensagem! Parabéns!

JOAO CARLOS disse...

obrigado!!"
continuem comentando.

JohnOliver disse...

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